Ronaldo Fraga: Caderno de Roupas, Memórias e Croquis
Saiba mais sobre a exposição que chegou a Porto Alegre nesta semana.
De 09 de novembro a 11 de dezembro, quem passar pela Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre, poderá conferir de perto a exposição Caderno de Roupas, Memórias e Croquis, de Ronaldo Fraga. A edição gaúcha – que também é a última – apresenta processos e registros gráficos do estilista e conta com o patrocínio das Lojas Pompéia.
No começo da manhã da última terça, Ronaldo Fraga recebeu os integrantes da Escola de Moda Pompéia, para mostrar, em primeira mão os ambientes da mostra que chegou a Porto Alegre. Na ocasião, o estilista, que retornou à capital gaúcha depois de ter lançado uma coleção especial com a marca, contou sobre suas inspirações para desenvolver a exposição que carrega momentos de sua trajetória, durante quase 40 anos de carreira.
No mesmo dia, cerca de 200 convidados estiveram presentes para conferir mais de perto o trabalho de um dos maiores estilistas brasileiros.
Na exposição, Ronaldo Fraga apresenta uma visão de sua moda como registro gráfico — assinatura de quem cria e também dialoga com a cultura de um país. A mostra reúne material das 40 coleções do estilista mineiro, presentes nos ambientes da Sala Augusto Meyer, na Casa de Cultura Mario Quintana.
Entre croquis, materiais gráficos, vídeos e roupas, as instalações convidam o público a um mergulho no universo e no processo criativo deste multiartista, provoca várias análises da moda como um vetor de reafirmação e apropriação cultural. “Moda é interpretação de texto e contexto social, histórico, econômico e cultural. Moda é técnica, textura, cores, tecidos e negócio. Mas, para mim, moda é antes de tudo a transformação do olhar por meio da escrita pessoal do indivíduo nas suas escolhas do vestir”, comenta Fraga.
A intenção é desvendar pequenos vestígios de uma escrita particular, desenhadas pelo estilista mineiro e vestidos nos outros. “Por riscos, rabiscos e esboços desenhei histórias absurdas do homem comum. Transformei música, literatura, cultura brasileira e alguns ‘buracos’ do meu tempo em roupas-desenho e desenhos-memória. As mãos do velho-menino-que-conheço desde sempre ainda coçam diante de uma caixa de lápis de cor. A vontade de ilustrar uma nova história para vestir é o que não me deixa descer do balanço, porque este é o meu parque de diversões”, completa.
A mostra, reunindo então 40 coleções, foi apresentada em Belo Horizonte, na Casa Fiat de Cultura, em outubro de 2012, e atraiu mais de 45 mil visitantes.
Confira mais informações e agende-se.
Esperamos a sua visita.